Professores ocupam Câmara e Adcesp reafirma apoio a greve dos estaduais e municipais

Quinta-feira, 12 de março, de muitas mobilizações na categoria de professores do Piauí. Em Teresina, professores da rede municipal, que estão em greve desde o dia 4 de março, ocuparam o Plenário da Câmara de Vereadores para evitar a aprovação do projeto de reajuste parcelado proposto pela gestão de Firmino Filho (PSDB). É a segunda vez que os vereadores tentam votar o projeto que não foi acordado com a categoria.

Os trabalhadores e trabalhadores da Educação se reunirão no próxima quarta-feira, dia 18, em Teresina na greve nacional do serviço público.

A Associação dos Docentes da UESPI (Adcesp) esteve presente na mobilização e apoia a luta do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm). O que o governo municipal pretende fazer é um descaso com a categoria que exige o reajuste imediato de 12,84%.

A presidente da ADCESP, professora Rosângela Assunção, aponta a ocupação da Câmara como uma conquista para os profissionais da Educação do Piauí que estão na resistência contra os ataques aos direitos trabalhistas conquistados em lei para a classe docente.

“É nessa hora que a gente tem que mostrar força. A luta dos professores está dando energia para todos nós. Nós da Uespi sofremos todos os dias esse descaso com a educação pública. Nós vivemos em uma era de ataque aos serviços públicos. Estão querendo acabar com nossa estabilidade, com nosso reajuste que temos direito todo ano, porque a inflação atinge o nosso salário”, afirmou Rosângela.

A ADCESP reforçou a parceria e o apoio às categorias de professores do município que lotaram o Plenário da Câmara e deverão permanecer no local em acampamento.

Acampamento dos professores estaduais

Os professores da rede estadual também estão em greve desde o dia 10 de fevereiro. Em acampamento em frente ao Karnak há uma semana, os professores reivindicam diálogo com o governo sobre o reajuste da categoria no vencimento. A proposta do governo é reajustar o auxílio alimentação, o que prejudica ainda mais previdencia dos profissionais. Os aposentados e pensionistas ficariam de fora

O professor e membro da direção da Adcesp, Antônio Dias, esteve presente no acampamento junto com a diretoria da associação, nesta quinta-feira (12). Para ele, a luta dos professores do Estado é a luta de todos os professores.

“Se formos fazer uma enquete com os professores da Uespi, a grande maioria passou pela Educação Básica. A Educação Básica é o nosso começo, o nosso berço. Somos todos do campo da Educação, estamos aqui para prestar solidariedade e dar esse apoio. Pretendemos fazer uma campanha salarial em breve e esperamos poder somar com o movimento de greve”, assegurou Dias.

O professor também relembrou da mobilização para a greve geral do serviço público, prevista para a próxima quarta-feira, dia 18 de março.

“Esperamos que no próximo dia 18 de março possamos deflagrar um movimento forte de greve”, revelou Antônio Dias.

Sem diálogo com os professores

A direção da Adcesp esteve reunida com o secretário Merlong Solano que não ofereceu nenhuma possibilidade de reajuste para os docentes da Uespi em 2020. A resposta do governo também é negativa para as progressões dos professores da universidade. Alguns docentes estão há anos sem receber no vencimento o direito que é garantido por lei.

Em defesa da carreira docente e da Educação Pública, todas e todos na greve geral do Serviço Público dia 18 de março, quarta-feira.