Os/as professores/as alegam que nada mudou desde a última greve e governo não apresentou nenhuma solução
Em assembleia geral realizada na última quarta-feira, 11/03, professores da Universidade Estadual do Piauí – UESPI voltaram a debater a situação da universidade e as condições de trabalho, diante da grave crise que a instituição vem enfrentando. A categoria aprovou adesão à Greve Nacional da Educação, dia 18 de Março, e ainda discutiu a possibilidade de uma nova greve.
“Em 2020 já tivemos duas reuniões com o governo do estado, mas nenhum avanço concreto. A maioria dos 10 pontos do acordo que foi intermediado pelo Tribunal de Justiça não foi cumprido. A universidade segue sem professores, cursos novos não foram ofertados e outros em andamento estão sem condições de funcionar por falta de professores. Nosso salário segue com uma defasagem de mais de 33%, já que há 6 anos não há reajuste para a categoria”, afirma a professora Rosângela Assunção, coordenadora geral da ADCESP.
Além disso, pelo menos 15 dos 27 professores aprovados no último concurso ainda não foram convocados e a única proposta apresentada pelo Governo é um auxílio alimentação de 4,31%, que não vem incorporado ao salário, portanto, sem ganho real para os professores. “O governo segue utilizando a lei de responsabilidade fiscal como justificativa para não contratar novos professores e reajustar nossos salários”, afirma Prof. Antônio Dias.
Diante desse cenário, a categoria aprovou a intensificação das mobilizações em torno das pautas de reivindicação, com a primeira atividade marcada para o dia 18/03 (Greve Nacional da Educação) e a segunda para o dia 23/03 (Ato Pública em defesa da UESPI, durante inauguração da Pista de Atletismo).