Gisvaldo Oliveira, coordenador da ADCESP, assume diretoria nacional do ANDES-SN

O 66º Conad do ANDES-SN foi marcado pela posse da nova diretoria do ANDES-SN, que estará à frente do Sindicato Nacional entre 2023 e 2025. O professor Gisvaldo Oliveira, coordenador da ADCESP, também tomou posse na nova diretoria do ANDES-SN, na função de 3º Tesoureiro. além dele, os/as professores/as Gustavo Seferian, Francieli Rebelatto e Jennifer Webb assumiram o triunvirato, nos cargos de presidente, secretária-geral e 1ª tesoureira, respectivamente.

De acordo com o professor Gisvaldo, a atual diretoria entende que há muitos desafios tanto na pauta da educação, quanto nas pautas que remetem ao conjunto da classe trabalhadora. “Compreendemos a necessidade de seguirmos em luta pela revogação do novo ensino médio, que é um projeto que tem atacado o caráter público da educação brasileira, abrindo espaço para uma formação aligeirada dos nossos jovens, pautada numa perspectiva de formação profissionalizante rebaixada e que responde exclusivamente aos interesses do mercado”, afirma o professor.
Gisvaldo ressaltando ainda a importância de colocar a necessidade de recomposição do orçamento da educação, tanto das universidades estaduais quanto federais, como central nas mobilizações da categoria. “Devemos reafirmar nosso projeto de educação, que atenda aos interesses da classe trabalhadora, sempre em uma postura anticapitalistas, antirracista, antimachista, anticapacitista, antilgbtfóbico, antixenofóbico. Entendemos que as lutas contra as opressões não estão apartadas das lutas do conjunto da classe trabalhadora e das pautas econômicas, pelo contrário, essa luta é parte fundamental para a luta de classes”, afirma.

Do ponto de vista dos desafios colocados para os setores da Universidade Estaduais e Municipais, Gisvaldo reforça que é fundamental aprofundar a luta pela recomposição salarial, pela valorização da carreira e pela democracia nas universidades. “Nosso sindicato tem realizado anualmente o encontro das universidades estaduais e municipais, onde temos a oportunidade de partilhar e construir de forma conjunta várias ações, no sentido de fortalecer essa luta. Além disso, as regionais têm feito um acompanhamento das campanhas e greves nesses espaços. Então, vamos seguir essa construção que já vem sendo feita”, complementa.

Por fim, o professor Gisvaldo Oliveira reforçou a necessidade de estreitar as relações locais com o sindicato nacional. Nesse sentido, segundo ele, é fundamental recuperar a concepção que organiza o ANDES-SN enquanto um sindicato nacional, que tem uma organização por local de trabalho. “Essa aproximação deve se dar sobretudo no sentido que nossas seções sindicais possam marcar presença nos principais espaços de discussão e deliberação da política do nosso sindicato, nos Congressos, Conad e reuniões dos setores. É preciso dialogar no sentido de convencer as seções e categorias a se inserirem nos grupos de trabalhos, que são espaços muito importantes para articulação de políticas que podem fortalecer nossos sindicato”, finaliza.