O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEX) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) decidiu, na reunião ordinária realizada no dia 18 de setembro de 2024, rejeitar a proposta de unificação dos cursos entre os campi Poeta Torquato Neto e Clóvis Moura.
A votação no CEPEX refletiu a pressão feita pelos membros da comunidade universitária, em especial aqueles do campus Clóvis Moura, que se posicionaram veementemente contra a unificação. Contrários à proposta também estavam as principais associações comunitárias do Bairro Dirceu.
A proposta, apresentada para avaliação do CEPEX, iria fechar todos os cursos de licenciatura do Campus Clovis Moura. Uma medida que gerou preocupação entre os docentes e discentes quanto à perda de especificidade das formações no campus, que atende estudantes de vários bairros e especialmente da região sudeste da capital e possíveis impactos negativos no funcionamento dos cursos.
Mobilização Garantiu Vitória
A mobilização da comunidade acadêmica foi fundamental para a rejeição da proposta. Estudantes e professores do campus Clóvis Moura uniram-se às lideranças comunitárias do bairro Dirceu, com o apoio da Adcesp, argumentando que a unificação dos cursos não atenderia às necessidades educacionais locais e poderia comprometer a qualidade de ensino.
A ADCESP teve papel importante nesse processo, representada na Comissão de discussão sobre o assunto, com a representação da professora Rosângela Assunção, organizando manifestações e debates públicos que fizeram o posicionamento contrário chegar ao CEPEX.
“A rejeição da proposta no CEPEX representa uma vitória parcial, mas muito importante para a oferta da educação pública de qualidade cada vez mais próxima das comunidades e para a manutenção da autonomia dos cursos”, afirmou Lucineide Barros.
Próximos Passos: Mobilização Continua
Apesar da vitória no CEPEX, o sindicato ressalta que a proposta de unificação ainda será submetida ao Conselho Universitário (CONSUN), órgão máximo deliberativo da UESPI, que tomará a decisão final sobre o assunto. Por isso, o sindicato entende que a mobilização deve continuar.
“Essa vitória no CEPEX é importante, mas a luta ainda não acabou. Precisamos seguir mobilizados para garantir que o CONSUN também rejeite essa proposta, que representa um risco para a diversidade e a autonomia dos nossos cursos”, destacou Lucineide.