Governo se mantem em silêncio e não negocia reajuste salarial com professores

A coordenação estadual da ADCESP vem desde o inicio do ano buscando o diálogo com o Governo do Estado em torno da recomposição das perdas salariais da categoria, que já ultrapassam o percentual de 62%. Ao longo do primeiro semestre foram realizadas algumas rodadas de negociação, onde participaram o secretário de administração, Samuel Nascimento, a secretaria de relações sociais, Nubia Lopes e representantes da reitoria da UESPI. Entretanto, em nenhuma das audiências houve proposta concreta ou avanço significativo em relação às reivindicações apresentadas.

Na última rodada de negociações, realizada em junho deste ano, o secretário informou que o governo iria iniciar em julho um grande mesa de negociação com todas as categorias do serviço público estadual, a fim de compreender suas especificidades. A proposta para 2023, entretanto, é de reajuste linear para todo o funcionalismo.

“As negociações estão paralisadas e agora vamos ouvir a categoria sobre o que fazer diante desse silêncio do governo. Em nossa última assembleia a categoria já sinalizou um indicativo de greve caso não houvesse avanços e, ao que parece, é o que está se consolidando”, afirma Lucineide Barros, coordenadora geral da ADCESP.

A despeito das promessas (já insuficientes para responder à desvalorização dos/as docentes da única universidade pública mantida pelo governo do Piauí), o silêncio impera no Palácio de Karnak. Não há negociações, nem espaços de diálogos e escuta, dando continuidade a uma política que, no Piauí, tem sido marca dos governos do PT.

Valorizar os/as professores é valorizar a educação pública que forma e qualifica profissionais para contribuir com a sociedade piauiense. Valorizar a educação é valorizar o Piauí e todas as suas formas de saber!