Em nova rodada de negociações, Governo do Estado se compromete em realizar estudo de impacto financeiro e em apresentar contraproposta dia 18/01

 

A Coordenação Estadual da ADCESP participou, na manhã de hoje (10/01), de mais uma rodada de negociação com o Governo do Estado acerca do reajuste salarial da categoria, que está congelada há 7 anos e acumula uma defasagem superior à 55%. Esse foi o segundo encontro entre o sindicato e o governo para tratar do assunto, mas até o momento não houve uma contraproposta concreta por parte do executivo, para além do reajuste linear de 10% para todas as categorias do funcionalismo público estadual a partir de abril deste ano. Uma nova reunião ficou agendada para o dia 18 de Janeiro, onde se espera uma posição do governo em relação à reivindicação da categoria docente.

Para a professora Rosângela Assunção não há como tratar de modo igual todas as categorias, uma vez que a garantia dos direitos não tem sido linear para todas. “Nos somos uma categoria relativamente pequena, mas temos uma grande desvalorização. O reajuste de 55,93% representa também valorização. A universidade tem investido em qualificação e os docentes da instituição, em sua maior parte, mestres e doutores, precisam de valorização. Muitos professores chegam de fora, não tem uma contra-partida e acabam desistindo de ficar porque não veem seu trabalho ser valorizado”, afirmou.

A proposta levada pelo sindicato é que, para além dos 10% já garantidos, o restante do percentual reivindicado pela categoria seja implementado de forma parcelada. “O que temos hoje é uma defasagem salarial enorme. O parcelamento é uma alternativa, podendo haver outras, que possam corrigir essa defasagem”, destacou Gisvaldo Oliveira,representante da regional de Floriano.

Para a Coordenação da ADCESP a proposta do parcelamento da defasagem precisa está atrelada ao compromisso de correção da inflação anualmente, para que não se acumulem mais perdas salariais nos próximos anos.

Em resposta às reivindicações apresentadas pelo sindicato, a secretária de administração, Ariane Benigno, se comprometeu em realizar um estudo de impacto orçamentário em cima do que foi sugerido, e apresentar ao governador esse estudo para que se tenha uma posição concreta e uma contraproposta. “Acredito que com isso teremos condições de trazer aqui uma contraproposta na próxima semana”, afirmou.