DELEGAÇÃO DA ADCESP FAZ BALANÇO SOBRE 39º CONGRESSO DO ANDES; PLANO DE LUTAS 2020, GREVE GERAL E FILIAÇÃO À CSP-CONLUTAS SÃO AS PRINCIPAIS DELIBERAÇÕES

Terminou no último sábado (08) o 39º Congresso do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior). Mais de 600 professores/as de todo o país participaram do Congresso, realizado em São Paulo (SP). A ADCESP esteve no congresso com uma delegação composta por 6 delegados/as e 1 observadora, formada por membros da coordenação estadual e da base do sindicato. Participaram os/as professores/as Antonio Dias, Lucineide Barros, Janete Brito, Rosângela Assunção, Gisvaldo Oliveira, Josinaldo Santos e Elenita Aguiar.

O Congresso foi marcado por debates fundamentais para a categoria docente, que tomou decisões importantes, como a construção de um plano de lutas para 2020, tendo como polo central a construção de uma greve geral no primeiro semestre, além da eleição para a nova diretoria do ANDES-SN e a continuidade ou não da filiação do sindicato à CSP-Conlutas.

“O plano de lutas para a categoria no ano de 2020 foi uma das principais deliberações e tem como eixo central a construção de uma greve geral em torno dos ataques aos serviços públicos, em especial o campo da educação, com data prevista para o dia 18 de março”, afirma o professor Antonio Dias, coordenador de Comunicação da ADCESP.

A professora Rosângela Assunção, Coordenadora Geral da ADCESP, ressaltou a importância dos debates que pautaram o congresso e também a ampla participação de representantes da ADCESP, no sentido de fortalecer as lutas da categoria localmente.

“Estamos em 6 delegados e uma observadora. Essa é a maior delegação que a ADCESP já trouxe a uma congresso do ANDES. Isso é muito importante, sobretudo em uma conjuntura marcada por ataques ao funcionalismo público e educação, onde a tendência é que eles sejam intensificados. A grande discussão foi em torno da greve geral, e vamos sair com a tarefa de mobilizar a categoria para construir essa greve e nos prepararmos para lutas que iremos enfrentar ao longo deste ano”, afirma a professora.

Representando a base da categoria, o professor Josinaldo Oliveira, também ressaltou a importância da participação em eventos nacionais como esse. “Aqui tomamos decisões sobre questões nacionais que nos envolvem e nos afetam, e precisamos estar a par para que possamos confrontá-las”, afirma.

GREVE GERAL!

A construção de uma greve geral foi amplamente discutida durante o Congresso, sendo parte do Plano de Lutas aprovado pela categoria. Já durante a primeira plenária do Congresso, discutiu-se a necessidade de ampliar a mobilização na base docente e fortalecer a unidade da classe trabalhadora, na perspectiva de construção da greve do setor da educação.

O debate seguiu nos grupos mistos, na plenária do setor das federais e foi sendo ratificado ao longo do Congresso, sendo aprovado um calendário de ações para os próximos meses, que prevê a realização de assembleias pelas seções sindicais até o dia 13 de março para debater a construção da greve, e reunião conjunta dos setores nos dias 14 e 15. Na sequência, os docentes participarão do dia nacional de luta com paralisação, atividades e mobilização em 18 de março (greve de 24 horas)

OUTRAS DELIBERAÇÕES

Além disso, a plenária aprovou ainda encaminhamentos e ações na defesa da autonomia universitária, das liberdades democráticas e de expressão bem como da autonomia pedagógica. Os presentes decidiram também por intensificar a luta contra a Medida Provisória 905/2019 (da carteira verde e amarela), a militarização das escolas, o projeto de escolas cívico-militares e a implementação/expansão do Ensino a Distância. Além disso, foi pautada a necessidade de incentivar a criação, nos estados, do Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por Direitos e Liberdades Democráticas e o fortalecimento da Frente Escola sem Mordaça.

Outras deliberações foram a construção da Campanha Unificada dos Servidores Públicos Federais e a rearticulação da Coordenação Nacional das Entidades de Servidores Federais (Cnesf).

A Coordenação da Cabe destacar, ainda, que a ADCESP propôs e foi aprovado, na plenária final do evento, uma moção de apoio a greve dos trabalhadores da educação básica, deflagrada na última semana, pelo SINTE.

FILIAÇÃO À CSP-CONLUTAS

Docentes que participam do 39º Congresso do ANDES-SN deliberaram que o ANDES-SN, amplie o debate nas bases sobre a construção da CSP-Conlutas e o seu papel nas lutas nos últimos dez anos. Em um primeiro momento, após um debate que durou cerca de cinco horas, por 255 votos a 142, professoras e professores deliberaram pela permanência na Central Sindical Sindical e Popular – CSP-Conlutas.

Após aprovarem a manutenção da entidade filiada à CSP-Conlutas, os docentes deliberaram pela realização de um CONAD Extraordinário, no segundo semestre de 2020. O evento será a oportunidade para que os docentes possam debater sobre a relevância da CSP-Conlutas, sua atuação nos últimos dez anos e o seu papel na resistência contra os ataques contra a classe trabalhadora. Além disso, o CONAD extraordinário possibilitará que a base do Sindicato Nacional discuta sobre a manutenção ou desfiliação do ANDES-SN na CSP-Conlutas.