Há 7 anos sem reajuste, estudo aponta que defasagem salarial dos professores da UESPI chega a 55,93%

 

Um “Estudo Econômico”, realizado pelo economista Gleudiano Rodrigues, encomendado pela Coordenação Estadual da ADCESP – Seção Sindical dos Docentes da UESPI, revela a dimensão da desvalorização que a categoria vem enfrentando nos últimos anos. Entre 2013 e 2021, com exceção do ano 2017, o Governo do Estado não concedeu reajuste para a categoria e a perda do poder de compra dos professores foi superior a 55%.

“Conseguimos um incremento salarial nos anos 2O13, 2014 e 2015, mas isso se deu unicamente para atender as perdas salariais de anos anteriores a 2013. Os reajustes naqueles anos, portanto, foram frutos de uma negociação anterior a 2013; e foram parcelados em três anos. Fato é que entre 2013 e 2021, com exceção do ano 2017, nenhum reajuste de fato foi efetivado”, explica o professor Antônio Dias, Coordenador de Comunicação da ADCESP.

O Professor explica que são 7 anos porque, em julho de 2018, o governo estadual concedeu aumento aos docentes da UESPI equivalente a 2,95% (reposição da inflação oficial do ano 2017), enquanto que a campanha salarial da época reivindicava 33% de aumento. Diante desse cenário, os vencimentos dos docentes da UESPI apresentam uma defasagem de 55,93%, sendo esse valor um referencial mínimo para solicitação do reajuste salarial.

O Estudo, que tem um caráter quantitativo e qualitativo, traz um levantamento das perdas salariais dos docentes da UESPI para períodos posteriores a maio de 2013, apresentando as perdas salariais frente à inflação dos últimos 8 anos. “Foram comparados os reajustes salariais de períodos posteriores a maio de 2013 com a inflação correspondente [do período], obtendo-se a diferença entre tais percentuais e encontrando o valor de defasagem salarial causado pela inflação. O índice utilizado foi o IPCA, por ter sido o índice de referência de campanhas salariais dos professores da UESPI em épocas anteriores”, explicou o Economista.

Desta forma foi encontrado o índice de perdas acumuladas, que permitiu calcular a defasagem salarial acumulada desde maio de 2013, que totaliza 55,93%.