A ADCESP, em parceria com o Fórum pelos Direitos & Liberdades Democráticas, trouxe a Teresina, na última quinta-feira (28/111), o professor Marcelo Badaró, docente titular da Universidade Federal Fluminense – UFF, para uma palestra sobre a conjuntura brasileira atual e os desafios para a classe trabalhadora.
A palestra contou com participação de diversos segmentos da classe trabalhadora e se concentrou não apenas na análise de conjuntura, mas também nas saídas possíveis para enfrentar os ataques aos direitos históricos dos/as trabalhadores/as. O professor Marcelo Badaró elogiou a iniciativa do Fórum e ressaltou a importância de debater as saídas para nossa atual conjuntura.
“Esse foi um evento importante, colocando militantes do movimento sindical e a universidade para discutir a análise de conjuntura e a saída para essa condição difícil que a classe trabalhadora vive. Foi muito positivo, essa iniciativa do fórum traz um grau de unidade das forças políticas bastante amplo e me parece que isso pode servir de exemplo para outras regiões”, afirma.
A professora Rosângela Assunção, coordenadora geral da ADCESP, chamou atenção para a questão dos trabalhadores desempregados e das mulheres trabalhadoras, que sofrem ainda mais nessa conjuntura de ataques e retiradas de direitos.
“Aqui abordamos muito o nível de desemprego do brasil, que algo muito grave; a situação da mulheres, que ainda sofrem com o machismo e desigualdade salarial. Então, foi de suma importante, sobretudo porque foi um evento que o Fórum abarcou em unidade”, afirma a professora.
A saída aponta segue sendo o caminho da luta e das mobilizações. “É preciso encontrar saídas no sentido da luta, o caminho é ruas e a organização da classe trabalhadora, juventude e daqueles que não estão conseguindo acessar o mercado de trabalho”, afirma a Rosângela Assunção.
A mesma ideia é compartilhada por Paulo Bezerra, diretor do Sindicato dos Servidores Federais do Piauí – SINSEP-PI. “O vento trouxe debates relevantes, que não param por aqui. Trouxe uma energia pra gente construir a unidade em torno dessa luta. Não dá pra garantir que a justiça e o sistema político irão reparar as mudanças que foram feitas. Para nós, a luta é na rua, no campo, no dia a dia”, afirma.